-

 fiquei me perguntando se realmente existe essa divisão de pessoas "que prestam" e "que não prestam". depois de certas decepções, eu achava que sim.

mas quando a gente percebe que não somos alecrins-dourados-que-nasceram-no-campo-para-serem-semeados e que nem tudo - ou quase nada - é sobre a gente, acho que essa dicotomia se dissolve cada vez mais.

nós erramos e acertamos diversas vezes, em diferentes momentos, intensidades e frequências. observar uma pessoa em uma janela de tempo em que ela errou mais do que acertou, faz a gente julgá-la como uma pessoa ruim, ou que não presta. mas o que ela fez nesse intervalo de tempo anula tudo o que ela fez/foi antes? anula o que ela vai fazer/ser depois? 

se você fosse julgade apenas pelas suas piores escolhas e ações, não seria um julgamento muito justo, certo?

fora que reduzir toda a complexidade de ações humanas a "acertar" e "errar" é muito simplista, claro. vai além disso. isso aqui é apenas uma simples tentativa de pensar sobre julgar pessoas considerando apenas parcelas das ações delas. parcelas da vida toda delas.

e isso inclui a gente também, lógico. erramos e acertamos e tentamos.

acho que a beleza de tudo está na tentativa. de "fazer o certo", de se relacionar, de ser, de viver.

não deixe de errar, de acertar e de tentar.

Comentários

Postagens mais visitadas