morro (por dentro e por fora

 desta vez escrevo de são paulo
terra super-populada e inóspita
vejo a cidade do alto de um apartamento
da sala, um viaduto que nunca dorme
prédios, o comércio, prédios, o pátio de um colégio, prédios, o trem, prédios, uma torre e seu relógio
e o seu badalar

agora,
da singela fresta da janela do banheiro
encontro um respiro.
como plano de fundo do bairro,
um belo morro
relevo! vida!
a cidade também está nele
mas ele está ali, independente dela
e esteve, por milhares de anos antes
ocupando aquela linha do horizonte
que olho delicadamente
e sinto ternura.

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